Fienden

Indecente... passam os dias e já se sabe... Natal, família (ainda por cima a minha segue o modelo "os meus, os teus e os nossos", aumentando consideravelmente a população e o número de ceias natalícias...), mais uns dias de cama (sim, ainda estou muito ranhosa...) e já parece que desapareci...E estou em grande falta para com a minha Miss Lux Lisbon (sorry! ainda não é desta) e antes disso para com Mr. Max.

Este é o Max Norman, o nosso querido amigo sueco que nos albergou e que pacientemente nos deu a conhecer Estocolmo.
Mas há mais!! Para além de ser um excelente amigo, excelente guia turístico ao género paternal, o rapaz ainda é artista! Oh se é! Ele e outro amigo, Christian, têm uma imaginação brutal que se materializa numas t-shirts brutais! Fienden foi o nome escolhido para as suas obras-de arte, que significa "O Inimigo".

Interessados?
Vão espreitar, que esta é só um exemplo...
(Para aquilo que nos aturou é uma publicidade mais que justa, acreditem!!)

Espírito Natalício

Seria inevitável não tocar no assunto. Ainda por cima porque moro ao pé do Colombo e, acreditem, o "espírito natalício" por aqui é doentio! As pessoas parecem formigas, não há uma estrada em que se consiga circular, filas intermináveis para os parques... é de loucos. E quando chove? Uii...Pior só misturando Natal, jogo do Benfica e chuva, isso sim é um verdadeiro festival! Enfim..

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Agora que já extravasei o meu mau feitio vamos ao que interessa.

A maioria das pessoas que conheço não gosta do Natal..."Ah, porque é uma questão religiosa com a qual não concordo", "Ah, porque é um apelo ao consumismo", "Ah, porque Natal é quando um homem quiser"...

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Bom, vamos começar pelo princípio. Sim, é uma celebração religiosa relativa ao nascimento de Jesus Cristo, um homem perfeitamente identificado no tempo e no espaço e que parece ter levado uma vida dedicada aos outros. Até aqui tudo bem.

Recebi educação católica, mas não sou praticante, com 24 anos consigo defender-me bem disso (desculpem-me os praticantes).

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Tenho uma maneira muito própria de lidar com religião ou, como lhe chamo, fé. Acho que o bicho humano tem a necessidade de acreditar nalguma coisa, daí a religião, qualquer que ela seja, que acaba por ser um aproveitamento dos mais espertos sobre os mais vulneráveis. Não sejamos cínicos, desde há muito tempo que é mesmo assim.

Acho que Jesus Cristo nunca pensou que os seus fiéis um dia teriam de pagar a dízima ou teriam de pagar os seus pecados com esmolas à Igreja. Estamos todos muito esquecidos daquilo que foi a vida do JC.

Por isso, para mim, são duas coisas muito distintas: ser católico ou ser cristão. E eu considero-me cristã sob esta perspectiva: se houve um homem, de seu nome JC, que teve uma vida curta, mas exemplar no que toca às suas atitudes para com o próximo, porque não ter em vista alcançar essa forma de estar? Da mesma maneira que admiro profundamente, por exemplo, o meu avô e a sua bondade e também anseio viver assim.

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Não devia ser tão simples levar a vida?

Honestidade, Humildade, Lealdade, Dedicação e se possível Amor que baste. Não estamos todos para o mesmo?

Enfim...

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O que quero dizer com esta conversa toda é que o Natal só é distorcido do seu significado se deixarmos.

É uma cerimónia religiosa, é! Mas é para celebrar o nascimento de um gajo porreiraço!

É um consumismo pegado, é! Mas é brutal dar a prenda certa! (Os Reis Magos só deram os presentes ao JC dia 6 de Janeiro...mas vá...)

E se de facto tivermos a oportunidade de juntar a família toda, melhor ainda! É porque é Natal, tudo bem, até podia ser porque é o primeiro dia de Verão, desde que seja para estarmos todos juntos! É ou não é?

(Ééé...a chuva deixa-me assim...)

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Feliz Natal!

Jess in Stockholm Wonderland

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Estocolmo...

Cidade encantada..cheia de gente, mas sem ruído, água, barcos, barquinhos, pontes e canais, concilia o velho e o novo na perfeição, organizada, acolhedora apesar do frio, boa comida, boa pastelaria, boa bebida, gente mais que prestável...
É de noite às 3 da tarde, mas é cheia de luz, luz e mais luz, velas e velinhas que enchem a alma..

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"Eu, Carolina"

"Subitamente, chegou-me às narinas um mau cheiro horrível. Olhei para o Jorge Nuno que, tendo problemas de flatulência, era o único que, de vez em quando, se descuidava nas situações mais inconvenientes, como em cerimónias oficiais, levando-me a acender, de imediato, um cigarro para disfarçar o odor. Ele olhava, de seguida, para mim e esboçava um sorriso cúmplice e agradecido."

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"Eu cortava-lhe as unhas dos pés, aparava-lhe os pêlos das orelhas e quando chegava, ao queixar-se de cansaço, tentava atenuar-lho, fazendo-lhe massagens nas pernas".

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in "Eu, Carolina", de Carolina Salgado.

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Well...pena que esta verdadeira história de amor não tenha acabado bem...

Tinha visto o filme, não achei muita piada, mas curiosa (é a minha alma de jornalista!! nada a fazer!...) fui ler o livro...E por 10 euros não podia ser melhor!!! Já comprei a 13ª edição! Ah, pois é!..País de curiosos!!

Podia escrever até amanhã sobre esta pérola da literatura, mas acho que através deste "cheirinho" do livro já vêem que fala por si...

O Dino é amigo!

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Dino Alves, l´enfant terrible da moda portuguesa, é adepto da reciclagem. Criou o "SOS Dino Alves - Serviços de Operação Surpresa", que funciona no seu atelier há algum tempo e agora também na Galeria de Exclusivos (Rua da Rosa 169, Bairro Alto; 213473068).
A ideia é resgatarmos aquela roupa que achamos que já não vai servir para nada e levarmos ao Doutor Dino, que lhes dará o devido tratamento!

Assim, para quem gosta do Dino, torna-se mais fácil e económico ter uma peça do criador. Quanto mais económico é que não sei..não dizem...fashion is priceless, já sabemos..
Na Galeria de Exclusivos funciona por marcação, de 2ª a 5ª das 15 às 21H; 6ª e Sábado das 15 às 22H.

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Desculpem a inconsistência, mas não resisti e sei que interessa às "minhas" fashion victims (Miss Lux Lisbon?? LOL)...

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Para quem não conhece bem o "piqueno terrível" ficam algumas fotos (by my baby pinko) da última Moda Lisboa-Estoril, colecção primavera/verão 2008, que decorreu no passado mês de Outubro e onde tive o prazer de trabalhar no press office! (Georgi!!!...)

Aos mais cépticos...não se esqueçam que é l´enfant terrible...

E esta hein?

Passei pelo Festival de Micro Filmes de Lisboa no Sábado e, apesar de ter ficado desiludida com o 1º prémio, "Evasion" (merecia ter ganho o 3º prémio vodafone!, "Futemovel"), fiquei positivamente surpreendida com a iniciativa e, em especial, com o sr. Rui Reininho, um dos artistas convidados a fazer um micro filme. A entrega dos prémios foi só depois do jantar (tivemos tempo para ver esse grande jogo Benfica-Porto...ou não..); durante a tarde houve a exibição dos 92 filmes seleccionados de 546 participações e a apresentação dos filmes dos artistas convidados, com direito a uma pequena conversa com os próprios.

E a verdade é que gostei dos raciocínios do Rui Reininho, que até aqui me tinha passsado despercebido. É certo que viaja, mas nunca perde o fio à ideia inicial e isso já não é nada mau. Diz ele que sentiu dificuldades em fazer o seu micro filme, porque não se dá bem com novas tecnologias. Achei-lhe graça à forma inocente como descreve a "assustadora" internet, afirmando sem preconceitos que a "net fornece uma pseudo-cultura sem civilização, que é o que faz falta às humanidades", numa altura em que "a cultura se tornou numa rapidinha".

De facto se a net facilita a vida em quase tudo aos comuns mortais, também é certo que torna as cabeças mais preguiçosas e paradas, principalmente as dos mais novos..Qualquer puto com 10 anos já sabe mexer num computador e orientar-se na net. Já ninguém vai a uma biblioteca pesquisar para um trabalho..Google it e já está.

Já não se fazem cabeças como a do meu avô, por exemplo.
73 anos, engenheiro agrónomo, ainda trabalha e atura a sogra (brutal!), fez o projecto de várias das nossas barragens, adaptou-se e é completamente autónomo com computadores e internet (bem mais do que o Reininho!!), ainda sabe os nomes de todos os reis de Portugal, os rios, os caminhos-de-ferro e outras curiosidades (sim, sou uma neta babada e orgulhosa! O avô é o maior!)..

E entâo? Qual a necessidade disso? Alguém quer saber dos reis para alguma coisa?

Ele diz e tem razão: temos de saber de onde viemos para saber para onde vamos..Deprime-se com o estado actual das coisas e tenho a certeza que teria concordado com o Reininho. Diz sempre num tom amargurado:

"Portugal e os seus 3 estados, o Estado Novo, o Estado Velho e o estado a que isto chegou". LOL

Foi ele quem me ensinou que o brinde tem origem na Idade Média, quando nos grandes banquetes se queriam envenenar uns aos outros e o "tchim tchim" era uma maneira chique e discreta de o fazer; foi ele quem me disse que se estiver no hemisfério norte a água desce pelo cano no sentido dos ponteiros do relógio e no hemisfério sul o contrário; foi ele quem me explicou que o gesto de continência vem dos cavaleiros da Idade Média, que chegados a qualquer reino tinham de levantar a viseira do seu capacete para que fosse estabelecido contacto visual como forma de paz...E muitas outras coisas..

E esta hein?...

Estas não vêm no Google..